ARGUMENTOS E FALÁCIAS
Uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, inválido, ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica ou emotiva, mas não validade lógica.
É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.
TIPOS DE FALÁCIAS (alguns dos nomes usados estão em latim- tradução ao lado.)
Argumentum ad antiquitatem (Argumento de antiguidade ou tradição): Afirmar que algo é verdadeiro ou bom porque é antigo ou "sempre foi assim".
Ex: "Se o meu avô diz que Garrincha foi melhor que Pelé, deve ser verdade."
Argumentum ad hominem (Ataque ao argumentador): Em vez de o argumentador provar a falsidade do enunciado, ele ataca a pessoa que fez o enunciado.
Ex: "Se foi um burguês quem disse isso, certamente é engodo".
Argumentum ad ignorantiam (Argumento da Ignorância): Ocorre quando algo é considerado verdadeiro simplesmente porque não foi provado que é falso (ou provar que algo é falso por não haver provas de que seja verdade). Note que é diferente do princípio científico de se considerar falso até que seja provado que é verdadeiro.
Ex: "Existe vida em outro planeta, pois nunca provaram o contrário"
Argumentum ad Baculum (Apelo à Força): Utilização de algum tipo de privilégio, força, poder ou ameaça para impor a conclusão.
Ex: "Acredite em Deus, senão queimará eternamente no Inferno."
"Acredite no que eu digo; não se esqueça de quem é que paga o seu salário"
Argumentum ad populum (Apelo ao Povo): É a tentativa de ganhar a causa por apelar a uma grande quantidade de pessoas.
Ex: "A maioria das pessoas acredita em alienígenas, portanto eles existem."
"Inúmeras pessoas usam essa marca de roupa; portanto, ela possui um tecido de melhor qualidade."
Argumentum ad Verecundiam (Apelo à autoridade): Argumentação baseada no apelo a alguma autoridade reconhecida para comprovar a premissa.
Ex: "Se Aristóteles disse isto, então é verdade."
Dicto Simpliciter' (Regra geral): Ocorre quando uma regra geral é aplicada a um caso particular onde a regra não deveria ser aplicada.
Ex: "Se você matou alguém, deve ir para a cadeia." (não se aplica a certos casos de profissionais de segurança)
Generalização Apressada (Falsa indução): Ocorre quando uma regra específica é atribuída ao caso genérico.
Ex: "Minha namorada me traiu. Logo, as mulheres tendem à traição."
Falácia de Composição (Tomar o todo pela parte): É o fato de concluir que uma propriedade das partes deve ser aplicada ao todo.
Ex: "Todas as peças deste caminhão são leves; logo, o caminhão é leve."
Falácia da Divisão (Tomar a parte pelo todo): Oposto da falácia de composição. Assume que uma propriedade do todo é aplicada a cada parte.
Ex: 1) "Você deve ser rico, pois estuda em um colégio de ricos."
2) "A ONU afirmou que o Brasil é um país com muita violência e injustiça; logo, a ONU chamou-nos a todos nós brasileiros de violentos e injustos".
Ignoratio Elenchi (Conclusão sofismática):
Ou "Falácia da Conclusão Irrelevante". Consiste em utilizar argumentos válidos para chegar a uma conclusão que não tem relação alguma com os argumentos utilizados.
Ex: "Os astronautas do Projeto Apollo eram bem preparados, todos eram excelentes aviadores e tinham boa formação acadêmica e intelectual, além de apresentar boas condições físicas. Logo, foi um processo natural os EUA ganharem a corrida espacial contra a União Soviética pois o povo americano é superior ao povo russo."
Anfibologia ou Ambigüidade:
Ocorre quando as premissas usadas no argumento são ambíguas devido à má elaboração sintática.
Ex: "Venceu o Brasil a Argentina."
"Ele levou o pai ao médico em seu carro."
Acidente:
Quando considera-se essencial o que é apenas acidental.
Ex: "A maior parte dos políticos são corruptos. Então a política é corrupta."
Argumentum ad Crumenam :
Esta falácia é a de acreditar que dinheiro é fator de estar correto. Aqueles mais ricos são os que provavelmente estão certos.
Ex: "O Barão é um homem vivido e conhece como as coisas funcionam. Se ele diz que é bom, há de ser."
( fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia)
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Filosofia da Ciência
FALSIFICASIONISMO E OUTROS PARADIGMAS
Karl Popper é o FalsificasionismoQuestões como: o que garante que se soltar um lápis ele irá cair? Não podem ser garantidas pela lógica (raciocínio), ela trata de palavras e conhecimento, e nunca da realidade. A experiência é sempre única , e a queda de um lápis não tem nada a ver com a queda de um outro. Por isso, pensar que a ciência é uma garantia de verdade, é assumir uma visão não crítica da ciência.Para Popper, a atividade cientifica é importante, mas, não é capaz de dar todas as respostas, porém busca oferece as melhores respostas possíveis. Assim, para Popper, o valor do conhecimento não vem da observação de experiências, mas da possibilidade de a teoria ser contrariada, ou melhor, falseada. A teoria precede a experiência e quanto mais uma teoria poder ser falseada, melhor ela é.No momento em que uma teoria é falseada, o cientista tentará melhorá-la ou a abandonará. Enquanto ela não é falseada, permanece seu valor explicativo. O fundamental é que tenhamos em mente o seu limite.Critérios para uma boa teoria:01) ser clara e precisa, não podendo ser obscura ou deixar margem para várias interpretações, Quanto mais específica, melhor.02) Deve permitir a falsificabilidade; quanto mais, melhor;03) deve ser ousada, para conseguir progredir em busca de um conhecimento mais aprofundado da realidade.Para os falsificacionistas, a ciência progride pela tentativa de superação das teorias.THOMAS KHUN A RESPEITO DA CIÊNCIA:Para Kuhn a Ciência é uma atividade racional e humana, influenciada por problemas de natureza variada: emocionais, políticos, religiosos, etc.. Sendo essas influências próprias da racionalidade humana. Kuhn se propõe a pensar a ciência a partir dos conceitos: pré-ciência, ciência normal, crise, revolução científica e nova ciência normal.O conceito mais importante é o de paradigma que é o modelo da ciência normal. Durante um tempo, todos os cientistas procuraram orientar as suas pesquisas a partir de um modelo como forma de preservar a verdade científica. O que não se encaixa será excluído: anomalia.Paradigma e Ciência Normal:“O paradigma é um modelo de mundo que compreende o conjunto de teorias que buscam explicar os fenômenos estudados. Neste caso o que um paradigma faz é estabelecer algumas questões sobre o mundo físico que são então investigadas na tentativa de se encontrar respostas. No entanto, um paradigma parece nunca conseguir responder todas as questões que propõe. A ciência não é um empreendimento de respostas. Quanto mais sabemos sobre determinado fenômeno, mais questões surgem. Isso não é exatamente um problema, ao menos não inicialmente. Esse processo investigativo é o que Kuhn chamou de "ciência normal", ou seja, o período aonde determinados paradigmas são aceitos e investigados.”Essa crise se estende até uma revolução científica, quando a maneira de se fazer ciência muda completamente . Quando isso ocorre, segundo Khun, chega-se a uma nova ciência normal, um novo paradigma.Precisamos considerar que a racionalidade científica encontra problemas dentro e fora do seu espaço de ação. Dentro de seu espaço são as anomalias e fora de seu espaço são as necessidades humanas da pesquisa científica. As instituições, empresas e governos procuram fazer com que a ciência seja feita em função de seus interesses, não apenas por mera curiosidade.Com base no texto acima responda:01) o que é um paradigma segundo Thomas Kuhn?02) Assinale com F (falso) ou V (verdadeiro) as frases abaixo com respeito ao conceito de paradigma de Thomas Kuhn;( ) Paradigma é o modelo da ciência normal.( ) A ciência normal é uma determinada forma histórica de se fazer ciência. Essa forma de se fazer ou pensar a ciência é um paradigma.( ) A anomalia ocorre quando um paradigma não consegue explicar alguns fenômenos.( ) A partir das anomalias, inicia-se uma crítica do paradigma científico e, com isso, é possível a ocorrência de uma revolução científica.( ) Cada cientista tem um paradigma particular e pessoal, que nunca partilha com um outro cientista.
Postado por Profª Sandra Baldo às 05:06 0 comentários Links para esta postagem
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